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Hoje o ensino de física passa por uma reformulação tal que deve-se pensar em "para que ensinar" física em detrimento da antiga idéia do "o que ensinar" nessa disciplina. Documentos como os PCN's nos trazem um novo olhar com o qual devemos lecionar física em nossas salas de aula e promover um ensino que forme adultos capazes de compreender a realidade dos fenômenos físicos dos quais participam, muitas vezes, sem compreender suas origens, tornando-os meros consumidores de ciência e tecnologia e nunca partícipes de sua produção.

O estado do Rio de Janeiro também conta com um documento norteador do ensino dessa disciplina nas escolas estaduais, o Currículo Mínimo de Física que, para o curso normal tem vigência à partir do ano de 2013. Esse documento traz o conteúdo, as competências e habilidades MÍNIMAS com que os estudantes do curso normal devem compor sua formação. Acima, o que é trazido para o terceiro bimestre.

Os PCN's para o ensino de física trazem diversas estratégias que podem ser utilizadas para o ensino dessa disciplina em sala de aula. Uma das mais proveitosas, porquanto permite ao professor conhecer, em tempo real, qual o entendimento que os estudantes vêm desenvolvendo no estudo de física é o debate. Nessa oportunidade, os estudantes podem trocar idéias entre si, dispostos em grupo e com o professor mediando as trocas de informações e idéias, permitindo o desenvolvimento cognitivo à partir de uma interação social na própria classe.

A proposta de se trabalhar com artigos científicos em sala de aula passa pela necessidade de distribuição do material para todos os estudantes e turmas com que se trabalhe. Então, uma sugestão para distribuição desse material, utilizando-se menos recursos da própria escola ou dos estudantes,  seria o compartilhamento de arquivos utilizando a computação na nuvem. Esta consiste em um modelo de transmissão de arquivos utilizando os servidores da internet. Deste modo cada estudante utilizando uma rede wifi ou um plano dados próprio pode "baixar" o material compartilhado pelo professor professor. 

Em atividades como essa, nota-se que os estudantes não se queixam de utilizar seus próprios planos de dados para tarefas escolares, compreensível, pois são esses planos que eles utilizam, na maioria das vezes, para realizarem as tarefas de casa. A maioria deles prefere utilizar o próprio telefone celular para "baixar" os arquivos compartilhados. Poucos utilizam através de outros meios. O importante é que os estudantes ficam livres para utilizarem como quiserem de forma rápida e barata.

Muitas são as vantagens de se utilizar a computação na nuvem em atividades de ensino-aprendizagem.

Atualmente a maioria dos professores reconhece os impactos da internet em tarefas escolares, mas ainda falta reconhecer que se deve buscar formas de utilizá-la dentro e fora das salas de aula a seu favor. Uma das possibilidades seria a implementação de oficinas nas escolas, dentro da carga horário de trabalho do professor, para que ele se sinta motivado em participar e contribuir com suas idéias para a melhoria dos processos de ensino.


Crédito da figura: https://goo.gl/diHNqP